Sorte não basta: a importância do planejamento financeiro
É comum ouvir por aí: “no fim, deu tudo certo”. Como se o simples fato de ter conseguido pagar todas as contas — mesmo aos trancos e barrancos — fosse prova de competência financeira.


Mas o que quase ninguém fala é o que acontece entre o começo e esse tal “fim”:
A ANSIEDADE, O IMPROVISO, O MALABARISMO EMOCIONAL E A ETERNA SENSAÇÃO DE ESTAR SEMPRE À BEIRA DE UM COLAPSO.
Viver contando com a sorte funciona… até não funcionar mais. E a maioria das pessoas só percebe isso quando o imprevisto bate na porta. Uma doença, uma demissão, um gasto grande inesperado (e que não cabe nos parcelados do cartão…)
Basta um desses para que o “deu certo” deixe de dar.
É por isso que o planejamento financeiro importa. E não estou falando de planilha ou de uma vida cheia de regras e restrições.
Estou falando de você construir para você e sua família um estrutura que te ajude a respirar melhor, a decidir com mais clareza, a viver com mais leveza. Planejar é colocar o dinheiro no lugar certo: a serviço da sua vida, e não como um fantasma que te persegue mês após mês.
Quem se organiza financeiramente também sente medo, também enfrenta imprevistos. Mas não entra em pânico. Porque sabe onde está, conhece seus números, tem margem para agir. E isso muda tudo. Planejamento não elimina o caos da vida — mas impede que você seja engolido por ele.
A verdade é que sorte ajuda. Mas sozinha, ela não sustenta nada. O que sustenta mesmo é a constância. É o hábito de olhar para o que você tem, decidir o que é prioridade e agir antes que a bomba estoure.
Porque quando você tem um plano, até o azar tem limite. O dinheiro deixa de ser fonte de tensão — e começa a virar ferramenta de escolha.
Como diz sabiamente Gustavo Cerbasi: “planos não foram feitos para dar certo”. Com isso ele quer dizer que ao longo do caminho você vai mudar de ideia, sua vida vai mudar de rumo e você vai refazer planos. Mas refazer é sinal de adaptação, de maturidade, de resposta à vida real. Já não ter nenhum plano é viver à mercê do susto, da urgência e da sorte.
E, como você já sabe… sorte não basta.
Se esse texto te cutucou, te convido a ouvir o episódio 5 do podcast Terapia Financeira, disponível no Spotify. Eu e a psicóloga Daniela Ghorayeb falamos sobre o perigo de viver no improviso e como o planejamento financeiro pode, sim, ser leve, flexível — e transformador.
Beijos da Bo$$a
@brunabossafinancas
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