Minimalismo financeiro: não é sobre parar de comprar

Eu sou uma apaixonada pelo vídeo disponível no Youtube e no Netflix chamado “Minimalize now”. Já assisti várias vezes e luto para aplicá-lo na minha vida. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ja existia um conceito chamado “Minimalismo Financeiro”. Então bora refletir um pouco sobre ele? Me trouxe reflexões valiosas e acho que vai acrescentar muito na sua vida também.

Primeiro ponto que precisamos destacar é que “Minimalismo financeiro” não é sobre viver com meia dúzia de roupas, nem sobre morar numa casa vazia com uma cadeira e um copo.

Então o que ele é? Minimalismo financeiro vai além. Ser um minimalista nas finanças é fazer escolhas conscientes. É não comprar no piloto automático. É entender o que, de fato, tem valor (e o que só tem preço)

Vivemos em um ciclo constante de estímulos. Promoções, notificações, vitrines, redes sociais, influenciadores, comparações. A promessa é sempre a mesma: algo novo vai resolver a sua insatisfação. Uma calça nova. Um skincare. Um celular. Um upgrade. Só que não resolve. Porque o que a gente tenta preencher com o consumo não é um vazio material — é emocional.

O minimalismo financeiro nos convida a pausar. Observar. E, principalmente, a sustentar o desconforto de não resolver tudo com um Pix.

Parece simples, mas é profundo.

Não comprar o que você quer no impulso é um exercício de presença. De maturidade e de consciência.

A pergunta deixa de ser “posso pagar por isso?”. E passa a ser: “isso faz sentido na minha vida?” “Isso me aproxima de quem eu quero ser ou é só mais uma distração disfarçada de conquista?”

Quando falamos em minimalismo financeiro, falamos sobre liberdade. Liberdade de não precisar provar nada. De não comprar aprovação. De não encher a casa — e a cabeça — de tralha emocional. Porque sim: cada compra que você faz no automático diz algo sobre o que você está tentando sentir. Ou evitar sentir.

Isso não significa viver com menos, obrigatoriamente. Significa passar a viver APENAS com o que faz sentido.

E aqui entra um ponto importante: minimalismo não é abstinência. Não é privação.

Minimalismo é CLAREZA. É poder olhar para algo, gostar e ainda assim escolher não levar porque você sabe o que está construindo. Você sabe o que tem valor.

No episódio 17 do meu Podcast “Terapia Financeira”, disponível no Spotify, falamos sobre isso com ainda mais profundidade. A psicóloga Daniela Ghorayeb, minha parceira no pod, vai elucidar como o consumo se tornou um anestésico emocional e por que, para muita gente, o acúmulo é só o sintoma de um vazio mal resolvido. Falamos também sobre os desafios reais de quem está tentando sair do excesso, dos ruídos, da comparação, e como construir uma relação mais leve — e mais honesta — com o dinheiro.

Se esse texto te cutucou, escuta o episódio. Porque repensar a relação com o consumo não é sobre ter menos. É sobre viver melhor.

Beijos da Bo$$a. Até o próximo texto

@brunabossafinancas








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